INTRODUÇÃO: A apneia obstrutiva do sono (AOS) é um distúrbio respiratório caracterizado por episódios repetidos de obstrução parcial ou total das vias aéreas durante o sono, levando a hipoxemia e despertares frequentes, esses fatores culminam que a AOS esteja fortemente associada a um aumento no risco de doenças cardiovasculares, em especial arritmias cardíacas, como a fibrilação atrial (FA). METODOLOGIA: revisão bibliográfica com base artigos científicos, os quais foram encontrados através da pesquisa realizada nas plataformas digitais PubMed e Scientific Library Online (ScieELO). Os trabalhos foram selecionados entre os anos de 2020 a 2023. Estudos na língua inglesa foram utilizados. Os critérios de exclusão foram textos e artigos que não atendiam ao tema proposto. RESULTADOS: A apneia obstrutiva do sono induz alterações cardíacas por meio de episódios repetidos de hipoxemia, variações na pressão intratorácica e estresse oxidativo. Esses fatores contribuem para a remodelação estrutural do coração, favorecendo o desenvolvimento de arritmias, especialmente a fibrilação atrial, onde por remodelação cardíaca são criados focos macroreentrantes que geram potenciais elétricos assíncronos culminando a uma taquiarritmia. O paciente em episódio de FA pode apresentar palpitações, tontura, dispneia e até síncope. Observou-se também que a gravidade da AOS varia entre os pacientes, o que influencia os desfechos clínicos e a resposta ao tratamento. A terapia com pressão positiva contínua em vias aéreas (CPAP) demonstrou reduzir a recorrência de fibrilação atrial após procedimentos como cardioversão ou ablação, além de diminuir o risco de mortalidade cardiovascular em pacientes com AOS. CONCLUSÕES: A revisão confirma uma forte correlação entre AOS e arritmias cardíacas, destacando a importância do diagnóstico e tratamento precoces da AOS para mitigar o risco cardíaco. O uso de CPAP tem mostrado benefícios. Com o aumento da prevalência de AOS, estratégias para a detecção precoce e manejo integrado com as condições cardíacas são essenciais para reduzir a morbidade e mortalidade cardiovascular associadas.
