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Estratégias facilitadoras para atendimento de arritmias cardíacas do programa CNRAC – SUS.

Gabriela Rodrigues de Oliveira, Angelo Amato Vincenzo de Paola, Carlos Arthur Hansel Diniz da Costa, Claudio Cirenza, Enia Lucia Coutinho, Matheus Cassimiro Partata, Rodrigo Ribeiro Rodrigues, Ricardo Santiago Ferreira Coelho
UNIFESP - Univers. Federal de São Paulo - São Paulo - SP - BRASIL

Introdução: O acesso às intervenções eletrofisiológicas para tratamento das arritmias ainda apresenta limitações. Nos locais do Brasil em que a assistência de saúde especializada não é disponível existem programas de direcionamento interestaduais do SUS, como o CNRAC (Central Nacional de Regulação de alta complexidade), que encaminham casos para centros de alta e média complexidade.  Entretanto, a identificação da necessidade do estudo eletrofisiológico pelos médicos assistentes é uma dificuldade técnica. Neste sentido a telemedicina é uma ferramenta importante para equalizar o cuidado e adequação das solicitações.

Objetivos: Avaliar os fatores relacionados à efetividade do encaminhamento de pacientes pelo CNRAC-SUS com suspeita de arritmias complexas que necessitam de intervenções eletrofisiológicas.

Métodos: Estudo descritivo, retrospectivo da realização de consultas por telemedicina, através de videochamada e recebimento de documentos através de aplicativo e e-mail com pacientes pertencentes ao programa CNRAC encaminhados pelo centro de regulação do SUS previamente ao procedimento eletrofisiológico invasivo.

Resultados: No período de 24 meses, foram direcionadas 19 solicitações do Norte do Brasil. Todos os pacientes estavam em investigação da doença e sem tratamento adequado há mais de um ano.  O tempo médio entre a inserção no sistema do CNRAC até a realização do procedimento foi de 115 dias e 90% dos pacientes passaram em consulta com especialista particular para ser indicado o procedimento de estudo eletrofisiológico. Foram analisadas durante as teleconsultas as indicações, orientação terapêutica e códigos administrativos com potencial de influir no encaminhamento técnico do paciente e agilizar o atendimento. Foram classificadas como corretas 6/7 (85%) casos de Fibrilação atrial (FA) versus 1/12 (8%) das outras arritmias solicitadas com p<0.05.

Conclusão: A consulta por telemedicina conseguiu corrigir clínica e administrativamente 63% dos encaminhamentos e é um meio facilitador com potencial estratégico fundamental na execução do processo. O diagnóstico de fibrilação atrial foi significantemente mais correto que das outras arritmias. Os principais problemas detectados na consulta por telemedicina dizem respeito aos limites da privacidade do serviço assistencial acessado e prestado. Entretanto, é um meio técnico importante para qualidade da assistência prestada.

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