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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

USO DE ÁCIDO ACETILSALICÍLICO (AAS) E SUPLEMENTAÇÃO DE CÁLCIO NA PREVENÇÃO DA PRÉ-ECLÂMPSIA NA REGIÃO DE PRESIDENTE PRUDENTE

Guazi, NCU, Peres, JAP, Pazinato, TLS, Vinha, DS, Pegoraro, CMR, Bifaroni, RMS, Souza, FAD, D’Andrade, MRP
UNOESTE - Presidente Prudente - SP - Brasil

Introdução: As síndromes hipertensivas da gestação constituem algumas das principais causas de mortalidade materna e perinatal em todo o mundo, e estima-se que a pré-eclâmpsia (PE) complica de 2 a 8% das gestações globalmente. A PE (com ou sem sinais de gravidade) é reconhecida quando há PAS ≥140 mmHg e/ou PAD ≥90 mmHg, em geral após 20 semanas de gestação e frequentemente com proteinúria (>300 mg/24 horas), razão proteinúria/creatinina urinária de 0,3 g/g de creatinina ou ++ em fitas reagentes. Os principais fatores de risco para o desenvolvimento da PE são primigestação, história prévia ou familiar de PE, hipertensão crônica, diabetes, doenças autoimunes, raça negra, obesidade e trombofilias. Vários estudos já comprovaram a eficácia do uso de doses baixas de Ácido Acetilsalicílico (AAS), uma vez ao dia, à noite antes de dormir e iniciada antes da 16a semana, para prevenção da PE. Outros estudos também já comprovaram que a suplementação com cálcio durante a gestação reduziu o risco de PE. Métodos: Foi realizado um trabalho descritivo exploratório com abordagem quantitativa, onde os dados foram coletados no período de agosto de 2020 a agosto de 2022, e analisados individualmente. A população foi composta por mulheres de qualquer idade, com gestação de alto risco para PE durante o período analisado. Dentre os critérios de exclusão estão: pacientes com doenças infectocontagiosas e comorbidades neurológicas. Para verificar a associação entre as variáveis categóricas e o risco de pré-eclâmpsia foi utilizado o teste Qui-quadrado com correção de Yates para tabelas de contingência 2X2 ou teste de Fisher quando as frequências esperadas eram menores que 5. Resultados:  Da amostra total, 127 prontuários foram analisados. Os principais fatores de risco encontrados foram: obesidade, hipertensão arterial, hipo/hipertireoidismo, PE em gestação anterior e Diabetes Mellitus. 44% das gestantes fizeram o uso dos medicamentos profiláticos (AAS e Cálcio) e 56% não utilizaram. Das 56 gestantes que fizeram uso de AAS e cálcio, 25 iniciaram a medicação até a 16ª semana de gestação e 31 com mais de 16 semanas, com maior número de partos prematuros no grupo de início tardio. Conclusão: A partir desse estudo, é possível inferir que ainda existem algumas divergências com relação ao protocolo de uso profilático de AAS e cálcio na prevenção da PE.  Entretanto, há o consenso nos protocolos de recomendação de que, quando iniciada a profilaxia antes das 16 semanas em gestantes de alto risco, há uma redução significativa da incidência da doença.

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