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Índice de Redondeza Corporal: Uma Alternativa para a Análise de Risco Cardiovascular em Homens e Mulheres

UYEMURA, J. R., Luciana Neves Cosenso-Martin , YUGAR-TOLEDO J.C. , VILELA-MARTIN, JOSE F.
FACULDADE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO – FAMERP - - SP - BRASIL

Introdução:

O índice de redondeza corporal (IRC) é uma métrica para avaliar o risco cardiometabólico, e que é utilizado como uma alternativa mais precisa às medições tradicionais como índice de massa corporal (IMC) e circunferência da cintura (CC). Estudos recentes demonstraram que o IRC está associado a um maior risco de doenças cardiovasculares (DCV). Porém, essa relação ainda é controversa a nível populacional.

Objetivo:

Determinar associações entre DCV e IRC, comparando os resultados com métricas mais comuns, tais como IMC e CC.

Métodos:

Este estudo transversal incluiu 1.713 adultos (55,05±14,68 anos) da população urbana. O IRC e o IMC foram calculados usando fórmulas validadas, enquanto a medida de CC avaliou a adiposidade central. Os participantes foram divididos em homens (55,01±14,43 anos) e mulheres (55,08±14,95 anos). Foram considerados angina, infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral para definir DCV. A análise estatística comparou as distribuições de IRC, CC e IMC entre indivíduos com e sem DCV (binária). Devido à ausência de normalidade, aplicou-se o teste de Mann-Whitney U em busca de diferenças significativas entre as medianas dos grupos. A regressão logística investigou IRC, CC e IMC como preditores de DCV, com resultados apresentados em odds ratio (OR) e intervalos de confiança de 95% (CI 95%). A curva ROC mediu a capacidade discriminatória, utilizando-se a área sob a curva (AUC) como métrica de desempenho.

 

Resultados:

            Entre os homens, o IRC foi significativamente maior no grupo com histórico de DCV (p<0.001), com associação ajustada relevante (OR=2.11; p<0.001). Embora CC e IMC também mostrassem diferenças significativas, suas associações foram menos expressivas. Já entre as mulheres, apesar de IRC e CC serem mais elevados no grupo com histórico de DCV (p=0.019 e p=0.012, respectivamente), nenhuma associação significativa foi encontrada na análise ajustada. O IMC não apresentou diferenças significativas entre os grupos ou impacto na regressão logística. A curva ROC mostrou maior AUC para o IRC, com valores significativos em ambos os gêneros (AUC=0.639 homens, 0.578 mulheres).

Conclusões:

            O IRC foi associado a um risco duas vezes maior de DCV entre homens, com melhor discriminação na curva ROC, CC e IMC, embora amplamente utilizados, apresentaram associações menos consistentes, sem impacto para mulheres. O IRC destacou-se como uma alternativa mais eficaz, especialmente para homens.

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