INTRODUÇÃO:
A população obesa apresenta alterações inflamatórias a nível celular. Para isso, o índice da imuno-inflamação sistêmica (SII), calculado pela contagem de neutrófilos multiplicada pela de plaquetas e dividida pela de linfócitos (NxP/L), pode ser uma forma de detectar inflamação e, consequentemente, maior risco cardiovascular (RCV).
METODOLOGIA:
Em um estudo transversal, pacientes que procuraram um projeto voluntário de atendimentos na cidade de Aparecida (SP), foram incluídos. Coletados dados acerca de hábitos de vida e comorbidades, como tabagismo, diabetes e hipertensão arterial. Além disso, aferiu-se a pressão arterial e o Índice de Massa Corpórea (IMC). Coletados hemograma, colesterol total e HDL-c. Com essas informações, foi calculou-se o SII e o RCV de acordo com o Escore de Risco Global de Framingham. Os dados foram analisados estatisticamente com Python de acordo com o padrão de normalidade. Os 52 pacientes incluídos foram divididos de acordo com o IMC (Kg/m2): adequado (entre 18.5 e 24,9), sobrepeso (de 25 a 29,9) e obesidade (acima de 30).
RESULTADOS:
A correlação do IIS com o RCV foi observada no grupo de pacientes com obesidade (p<0.05; r=0.42), mas não nos demais grupos (Figura 1).
As demais variáveis estão dispostas na tabela 1 com média e desvio padrão.
CONCLUSÃO:
O SII mostrou-se um fator considerável na análise do RCV e pode ser incluído na avaliação de indivíduos obesos, associada a outras medidas. Mais investigações são necessárias para compreender como o SII se comporta em relação ao RCV em pacientes com sobrepeso e peso adequado.