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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Impacto da Transição de Plantão no Tempo de Resposta e Assistência ao Paciente com IAMCSST assistidos pelo Protocolo IAM de Salvador-BA

João G. B. S. Viana, F. L. M. Castro, D. N. Machado, V. L. D. A. Couto, L. D. M. Oliveira, R. S. Azevedo, Rhanniel T. H. O. S. G. Villar, Hugo C. D. S. Falcon, Pollianna D. S. Roriz
SAMU - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência - Salvador - BA - Brasil

Introdução: A transição de turnos nos Pronto-Atendimentos (PA) pode impactar o atendimento de emergências tempo-dependentes. Este estudo investiga a influência da troca de plantão nos tempos de atendimento em pacientes com Infarto Agudo do Miocárdio com Supra de ST (IAMCSST) e seus impactos clínicos de pacientes atendidos pelo Protocolo IAM em Salvador-BA e Região Metropolitana (RMS).

Métodos: Trata-se de um estudo de corte transversal, com análise do banco de dados do Protocolo IAM abrangendo janeiro/2021 a dezembro/2024. Foram considerados como períodos de transição de plantão os intervalos entre 6h e 8h (momento de admissão no PA), e 18h e 20h. Foram incluídos pacientes diagnosticados com IAMCSST em Salvador-BA e RMS, que geraram acionamento do Protocolo IAM - rede local de assistência especializada para pacientes com IAM. Foram excluídos pacientes sem horário de admissão registrado ou ECG e, para análise porta-ECG, os que tinham Z-score >3, a fim de evitar números que destoassem da mediana. As variáveis analisadas incluíram: tempo porta-ECG, porta-agulha, porta-balão, ECG acionamento e óbitos. A análise de normalidade foi realizada através do teste de Kolmogorov-Smirnov. Para amostras paramétricas, utilizou-se o teste Qui-quadrado, e para as não paramétricas, o teste de Mann-Whitney. O nível de significância adotado foi de 5% (p<0,05). O software de análise foi o SPSS. 

Resultados: Foram analisados 1981 pacientes com IAMCSST, dos quais 332 foram atendidos durante o tempo de transição e 1649 fora desse período. Observou-se um tempo porta-ECG de 25 minutos (min) para o grupo em transição, comparado com 20 min para o grupo fora da transição (p 0,032). Ao analisar o tempo porta-agulha, os tempos foram de 300 min para o grupo em transição vs 248 min para o grupo fora da transição (p 0,012). Em relação ao tempo porta-balão, os tempos observados foram de 225 min e 214,5 min para os grupos em transição vs fora de transição, respectivamente (p 0,038). A taxa de mortalidade foi de 13,0% para o grupo em transição e 13,9% para o grupo fora de transição (p 0,640). O tempo ECG-Acionamento teve uma mediana de 17 min para ambos os grupos (p 0,865).

Conclusão: A transição de plantão está associada a um aumento significativo nos tempos porta-ECG, porta-agulha e porta-balão. Entretanto, não houve diferença estatisticamente significativa na taxa de mortalidade e no tempo ECG-Acionamento. Esses achados reforçam a necessidade de estratégias para minimizar atrasos durante trocas de plantão e otimizar o manejo dos pacientes com IAMCSST nas redes de assistência.

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